Sexta- feira, último dia da semana, ufa!
Esta foi uma semana movimentada, corrida, digo até cansativa, mas, durante dias, cinco dias, não fazia mais nada além de correr de casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade, da faculdade para casa, com pequenos intervalos para comer, tomar banho e dormir e assim por diante.
E, nessa sexta, em uma mesa de bar com amigos, eu me pego olhando obcecada para um quadro na parede e me permito viajar alguns instantes e pensar o seria de nós, indivíduos terrestres, sem esse movimentado e turbulento dia.
Seriamos talvez mais criativos? Pois teríamos tempo para pensar, sim, e muito. Não ficaríamos ociosos e preguiçosos querendo apenas dormir, comer e descansar? Prefiro o talvez.
Seriamos mais ligados sempre às mesmas pessoas à nossa volta? Sim, estaríamos sempre com as mesmas, não frequentaríamos novos lugares, novas pessoas? Seríamos praticamente obrigados a conversar com elas? Não brigaríamos muito, já que precisamos de convívio social? ainda prefiro o talvez.
Seríamos mais felizes? Teríamos tempo para fazermos o que quiséssemos. Poderia cuidar de minha forma física, poderia ler muitos livros, ouvir muitas músicas, dançar muitas vezes, namorar muito e conversar muito. Não, pois não teria dinheiro e ânimo. Para meu amado, talvez...
Durante alguns minutos ,olhando para o quadro e viajando nesse pensamento, voltei-me para meus amigos - que nem perceberam minha alucinação - e os abracei, e agradeci a vida desenfreada que esse mundo capitalista me proporciona, pois, muito provavelmente, não os teria conhecido neste meu tão amado curso de publicidade.
Bom, o papo está muito bom, mas vou utilizar o próximo intervalo para meu convívio familiar e meu descanso. Tchau, e até o próximo feriado.
Sobre semeadores ultrapassados...
Há 12 anos
Odinéia tem um momento filosofal em seu texto, uma daquelas (re)caídas mentais no "quem sou, de onde venho, para onde vou". E quem nunca o teve?
ResponderExcluir